segunda-feira, 11 de maio de 2009

Furacão tropeça e põe a culpa no nível do torneio

Segundo técnico Geninho, instabilidade do time na derrota por 2 a 0 para o Vitória se deve a momento de transição entre o fraco Estadual e o forte Nacional

Antes da estreia no Brasileiro, o discurso atleticano era empolgado: não perder pontos na Arena para evitar o sufoco do ano passado e ainda almejar algo a mais no campeonato. Na prática, porém, o Rubro-Negro percebeu o quanto isso será difícil. Logo de cara, três foram para o espaço na derrota de ontem por 2 a 0 para o Vitória, um “adversário do mesmo nível”, de acordo com o técnico Geninho.
É exatamente o nível da competição, muito diferente do Paranaense ganho pelo Furacão na semana anterior, que torna a missão complicada. Em cinco jogos contra times da Série A neste ano – além do Vitória, dois Atletibas pelo Estadual e dois contra o Corinthians pela Copa do Brasil –, o time perdeu três, empatou um e ganhou apenas um.
O treinador mesmo admitiu que a equipe sentiu a transição. “Acontece que alguns jogadores não estão acostumados com o grau de dificuldade do Brasileiro, e de cobrança também”, justificou, descartando um possível “salto alto” como motivo do primeiro tempo apático. “Principalmente os mais jovens. Nos juniores não era assim. Ele estão passando por outro momento na carreira”, acrescentou.
Entre os 14 jogadores utilizados ontem, porém, apenas o lateral-direito Raul, o volante Jairo e o atacante Wallyson não têm experiência na elite nacional. O único que acabou de subir dos juniores foi o primeiro, que até teve uma atuação razoável, enquanto os outros dois já rodaram por times da Série B.
Além disso, eles haviam participado bem da única vitória no ano contra times maiores, o 3 a 2 sobre o Corinthians, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Mas Geninho diz acreditar que aquela partida não pode servir sempre como parâmetro. “Aqui na Arena só espero os grandes jogando aberto. Quando enfrentarmos equipes do mesmo nível, vai ser como hoje (ontem). Todos saem de casa para buscar um empate e, se der, a vitória.”
Apesar de o Atlético ter parado na retranca e oferecido o contra-ataque ao adversário durante quase toda a partida – viveu os melhores momentos nos 20 minutos iniciais do segundo tempo –, o técnico e os jogadores não acham que o time tenha deixado tanto a desejar. “Tivemos mais posse de bola e criamos algumas chances, enquanto eles acharam dois gols”, lamentou o meia Marcinho. “Discordo de quem diz que jogamos mal no segundo tempo. Não foi uma apresentação primorosa, mas o Brasileiro traz essas dificuldades mesmo”, constatou Geninho, vendo virtudes após a queda temporária do discurso de não perder pontos em casa.

FONTE :Gazeta do Povo



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