terça-feira, 19 de maio de 2009

Zagueiro encerra má fase de dois anos

Todo azar que marcava a passagem do zagueiro Rafael Santos pelo Atlético começou a ser dissipado no domingo. Os dois gols do defensor no empate por 2 a 2, contra o São Paulo, no Morumbi, representam muito mais do que a volta por cima. Significam o fim de uma má fase que durava dois anos.
Logo que chegou ao CT do Caju, após ser titular na Libertadores de 2007, pelo Internacional, o jogador viu o técnico Vadão (que o havia indicado) ser demitido. Mesmo integrado ao elenco rubro-negro, não participou de nenhum jogo naquele ano.
Veio uma nova temporada e o ostracismo do então fechadíssimo CT atleticano continuou sendo a realidade do zagueiro. A rotina de nunca ir para as partidas só mudou na 31ª rodada do Brasileiro, contra o Cruzeiro, na Baixada. Na vitória do Furacão por 1 a 0 (25/10/08), os titulares da defesa estavam ausentes e Rafael Santos formou a dupla de zaga com Gustavo.
“Tive uma ótima atuação, mas machuquei o músculo adutor da coxa esquerda em dois lugares. Em cima e em baixo. Foi incrível. Ficar mais de um ano sem jogar e quando tive a chance me machucar”, disse ele, por telefone, enquanto curtia a folga de ontem com a esposa Alessandra e o filho Rafael Kevin (3 anos), em Campinas.
A boa forma só foi recuperada na pré-temporada antes do Estadual-09. Aos 24 anos, Rafael Santos agradece especialmente ao departamento de preparação física do Atlético o fato de não ter se machucado novamente.
“Eles (preparadores físicos) pegaram muito no meu pé para fortalecer a musculatura”, afirmou ele. “Quando cheguei ao clube, não estava bem. Acima do peso e cheio de problemas particulares. Agora é um outro momento que quero continuar”, contou.
Se for escalado para a partida contra o Náutico, domingo, na Arena, pela primeira vez em dois anos Rafael terá sido titular em duas rodadas seguidas. Sequência que não veio no Paranaense (participou só de dois jogos), mas nem de longe se transformou em mágoa com o técnico Geninho.
“Nunca larguei nos treinamentos. O Geninho é uma pessoa espetacular e sabia do meu potencial. Quando ele precisasse, sabia que eu estava ali”, contou.
A necessidade do treinador veio. Com o avanço de Chico para o meio de campo, finalmente o canhoto da defesa ganhou uma chance. Não vacilou.
“Nunca passou pela minha cabeça que faria dois gols contra o São Paulo”, admitiu. “O que queria era apenas jogar bem. A torcida pode esperar muita raça do Rafael. Nunca irão me ver andando em campo”, prometeu.


FONTE : Gazeta do Povo

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