terça-feira, 5 de maio de 2009



“Não sou polêmico, sou verdadeiro”





Após colecionar confusões, atacante Rafael Moura curte o bom momento no Atlético e se defende da má fama. Meta, agora, é superar o Corinthians no torneio nacional

Artilheiro do Paranaense, com 14 gols, e apontado como o nome de maior destaque da conquista do Atlético, o artilheiro Rafael Moura curte a fase que considera “uma das melhores da carreira”. Pela primeira vez goleador de um campeonato, ele também celebra o primeiro título como titular absoluto.
Motivos de sobra para o He-Man estar rindo à toa e encerrar o silêncio que durou três semanas. Às vésperas do jogo decisivo de amanhã, diante do Corinthians, pela Copa do Brasil, o He-Man sabe que começou a marcar seu nome na história atleticana.
O período sem dar entrevistas foi um conselho de pessoas próximas. Ontem, o atacante voltou a se pronunciar. Como de costume, com declarações fortes, mostrando sua personalidade.
“Me disseram que o momento era de falar menos e jogar mais. Foi o que fiz”, garante ele, que não quer mais se ver envolvido em polêmicas. “Não sou polêmico. Sou verdadeiro”, crava, para depois emendar. “É que às vezes essas verdades doem em alguns”, pondera.
Antes de brilhar com gols, Rafael já cobrou publicamente os colegas pela má campanha no ano passado, discutiu em um fórum de debates na internet com um torcedor e causou a revolta da Os Fanáticos (maior organizada do clube) ao pedir apoio para o meia Netinho.
Para completar, um funcionário da comunicação do Furacão deixou vazar no site atleticano, antes do Atletiba, declarações do avante já falando como campeão.
“Jamais daria uma entrevista com tamanha soberba e falta de modéstia. Nem agora, como campeão, me vejo com tanta euforia. A vida segue”, revela ele, desejando um futuro só de paz, especialmente com a torcida. “Nunca tive problemas com a torcida em si. Só pedi o apoio para todos os jogadores. Na festa do título, gritaram o nome de todos. Me arrepiei”, afirma.
O apoio das arquibancadas só reforça o espírito guerreiro em campo. Brigador durante os 90 minutos, foi duas vezes expulso no Estadual quando mais trombou e bateu boca com os adversários – nas partidas ante Iraty e Paranavaí – do que os agrediu.
“Dentro de campo não tem ‘com licença’ e nem ‘por favor’. É um ambiente em que temos de ser ríspidos. Cobrando até algum colega que não está tão ligado”, alerta.
A rispidez some totalmente quando o assunto é a família. As filhas Luma, de 2 anos, Nina, de 11 meses, e a esposa Ivi, nos momentos decisivos do Estadual ganharam a companhia dos pais do jogador.
“Minhas irmãs, tias e minha avó também me telefonaram. É por essas pessoas e pelos amigos que estou vivendo esse ótimo momento”, garante.
Momento que na opinião de Moura tem tudo para continuar. O embalo pode ser mantido contra o Timão. O Brasileiro também está nos objetivos, a partir de domingo, diante do Vitória, na Arena.
“Já provamos o que podemos fazer contra o Corinthians. Vamos brigar lá em cima”, avisa ele, que das 14 vezes em que marcou no Estadual, crê que o gol mais bonito foi diante do Foz e o mais difícil o primeiro de três ante o Iraty.

FONTE: Gazeta do Povo




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